No âmbito do ano europeu do património cultural está patente na Biblioteca Municipal de Penacova uma exposição intitulada “Carnaval em Penacova”. Aqui é possível ver os mascarados, o funil para colocar pulhas, apupos ou passajolas, os caçoilos e as telhas para as cacadas ou caqueiradas e os cheirotes; o nabo para os badalos e o boi de palha, touro ou boi toirão. Vários homens disfarçavam-se de boi corpulento, através de uma armação em madeira, tapada com colchas vermelhas ou serapilheira e palha e andavam pelas ruas a assustar as pessoas. Segundo contam as pessoas idosas, a execução era tão bem feita que até aos mais crescidos assustava e ainda agora se lembram do medo suscitado na altura.
Também não falta o enterro do entrudo. Um boneco de palha, vestido com roupa velha, que era transportado pelas ruas e as pessoas se iam juntando, fazendo um cortejo. O “Entrudo” era depois queimado ou deitado ao rio, enquanto que as pessoas que o acompanhavam gritavam e “choravam”, simbolizando o enterro da época de alegria como é a época carnavalesca.
Faz-se também menção ao “assurriar”, um uso que ainda se mantêm no concelho de Penacova e tem as suas reminiscências no povo celta, em que estes pretendiam “engrandecer” o cavalo, objeto do seu culto. Melhor se compreenderá esta justificação, já que “assurriar” consiste num grito que se assemelha ao relinchar do cavalo.
É possível nesta exposição consultar notícias do carnaval em Penacova, na imprensa local, nomeadamente: Jornal de Penacova, Notícias de Penacova e Nova Esperança.